História
Em 2006 surge no nosso país a legislação de enquadramento da Rede Nacional de Cuidados Continuados e a Santa Casa é escolhida para integrar o projeto-piloto desta, com uma unidade de média duração com capacidade para 15 utentes e uma unidade de longa duração com capacidade para 10 utentes.
Esta Unidade entra em funcionamento no dia 6 de Novembro de 2006. Em Março de 2008, o acordo da unidade de longa duração foi revisto e esta passou a ter capacidade para 12 utentes.
Objetivos
A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados é uma nova forma de responder às necessidades cada vez mais prementes da nossa sociedade. O efeito cumulativo da diminuição da mortalidade e da natalidade tem-se traduzido no aumento da esperança média de vida e o aumento das doenças crónicas tornam evidentes, carências ao nível da saúde e do apoio social.
Tem surgido, de forma cada vez mais acutilante, a necessidade de dar resposta a novas necessidades.
Neste cenário, incluem-se pessoas de todas as idades com dependência funcional, doentes com patologia crónica e outros com doença incurável em estado avançado ou em fase terminal da vida. A resposta a cada uma destas situações deve ser ajustada a cada diferente grupo alvo, de acordo com os seguintes critérios:
- A avaliação das situações de dependência;
- A evolução da doença;
- As circunstâncias sociais, no sentido de reforçar as capacidades e competências das famílias para lidar com as situações.
No sentido de promover a qualidade de vida e a consolidação de uma sociedade mais solidária, prevenindo, reduzindo e adiando as incapacidades, o Programa do XVII Governo Constitucional definiu, como estratégia a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, que permite:
- Desenvolver ações mais próximas das pessoas em situação de dependência;
- Investir no desenvolvimento de cuidados de longa duração, promovendo a distribuição equitativa das respostas a nível territorial;
- Qualificar e humanizar a prestação de cuidados;
- Potenciar os recursos locais, criando serviços comunitários de proximidade, e ajustar ou criar respostas adequadas à diversidade que caracteriza o envelhecimento individual e as alterações de funcionalidade.
A prossecução de tal desiderato pressupõe a instituição de um modelo de intervenção integrado e/ou articulado de saúde e segurança social, de natureza preventiva, recuperadora e paliativa, envolvendo a participação e colaboração de todos - Parceiros Sociais, Sociedade Civil e Estado, como principal incentivador.
Das diversas unidades que constituem a rede, Unidade de Convalescença, Unidade de Média Duração e Reabilitação, Unidade de Longa Duração e Manutenção, Unidade de Paliativos e Unidade de Dia. A Santa Casa da Misericórdia tem em funcionamento duas:
- Unidade de Longa Duração ou Manutenção, com capacidade de 12 camas
- Unidade de Média Duração ou Reabilitação, com capacidade de 15 camas
A Unidade de Longa Duração e Manutenção é uma unidade de internamento, de carácter temporário ou permanente, com espaço físico próprio, para prestar apoio social e cuidados de saúde de manutenção a pessoas com doenças ou processos crónicos, com diferentes níveis de dependência e que não reúnam condições para serem cuidadas no domicílio.
Tem por finalidade proporcionar cuidados que previnam e retardem o agravamento da situação de dependência, favorecendo o conforto e a qualidade de vida.
A unidade de longa duração e manutenção assegura os seguintes serviços:
a) Atividades de manutenção e de estimulação;
b) Cuidados de enfermagem diários;
c) Cuidados médicos;
d) Prescrição e administração de fármacos;
e) Apoio psicossocial;
f) Controlo fisiátrico periódico;
g) Cuidados de fisioterapia e de terapia ocupacional;
h) Higiene, conforto e alimentação;
i) Apoio no desempenho das atividades da vida diária;
j) Apoio nas atividades instrumentais da vida diária.
A Unidade de Média Duração e Reabilitação é uma unidade de internamento, com espaço físico próprio, articulada com o hospital de agudos para a prestação de cuidados clínicos, de reabilitação e de apoio psicossocial, por situação clínica decorrente de recuperação de um processo agudo ou descompensação de processo patológico crónico, a pessoas com perda transitória de autonomia potencialmente recuperável.
A unidade de média duração e reabilitação tem por finalidade a estabilização clínica, a avaliação e a reabilitação integral.
O período de internamento na unidade de média duração e reabilitação tem uma previsibilidade superior a 30 e inferior a 90 dias consecutivos.
A unidade de média duração e reabilitação assegura os seguintes serviços:
a) Cuidados médicos diários;
b) Cuidados de enfermagem permanentes;
c) Cuidados de fisioterapia e de terapia ocupacional;
d) Prescrição e administração de fármacos;
e) Apoio psicossocial;
f) Higiene, conforto e alimentação;
g) Convívio e lazer.
A Rede tem 3 níveis de coordenação: Nacional, Regional e Local.
A coordenação da Rede a nível local é assegurada por uma equipa constituída por 1 médico(a); 1 Enfermeiro(a); 1 Assistente Social. Actualmente a coordenação das Unidades da Misericórdia de Mortágua é efectuada pela Equipa Coordenadora Local do Litoral (ECL) sediada em Cantanhede.
Para aceder à rede é necessário o preenchimento de um formulário on-line, a junção dos documentos do utente e, se necessário, do seu representante. O processo é elaborado no Hospital Central ou no Centro de Saúde da área de residência.
Este processo é analisado pela ECL que depois de o avaliar, e de proceder à assinatura do Termo de Aceitação de Internamento, o envia para a ECR que o coloca na lista de espera a aguardar vaga para internamento.
6ª Feira das 9h às 13h
https://scmmortagua.pt/index.php/respostas-sociais/unidade-de-cuidados-continuados-integrados#sigProIdb45ea8fe01
https://scmmortagua.pt/index.php/respostas-sociais/unidade-de-cuidados-continuados-integrados#sigProId50de278742
Folhetos